sábado, 13 de novembro de 2010

A Seleção de Vôlei Masculino

O texto a seguir é uma adaptação do texto que enviei ao blog "Expresso da Bola":


Acho é uma tremenda sacanagem censurar a Seleção Masculina de Vôlei por causa daquele 0x3 contra a Bulgária. Os caras jogam com honra, com um puta amor à camisa e respeito pelo público e pelos adversários. Estão incluídos no que há de melhor no esporte brasileiro e mundial. O que aconteceu lá na Itália foi que o regulamento era absurdo e gerou uma situação absurda, onde vencer significaria encontrar adversários bem mais fortes na fase seguinte. Para piorar estávamos com apenas um levantador. O Brasil não perdeu o jogo para ajudar ou prejudicar alguém, mas em benefício próprio! Aquilo é um campeonato, e o que vale é a classificação final! Quem joga xadrez sabe o que é sacrificar uma dama. No próprio vôlei e no tênis às vezes se entrega um “set” quando a desvantagem é muito grande e a ideia é voltar com força total no seguinte. No boxe um lutador em desvantagem usa o clinche enquanto aguarda o gongo e descansa para buscar uma reação no assalto seguinte. Algo semelhante aconteceu em 1974, quando a Alemanha Ocidental perdeu por um estratégico 1x0 para a sua irmã RDA, fugindo do encontro com Brasil e Holanda na fase seguinte. O fim da história vocês conhecem. Armação safada foi o que os mesmos alemães fizeram em 1982, quando travaram um jogo de compadres com a vizinha Áustria para se classificarem e eliminar a surpreendente Argélia. Dessa vez não foram campeões, tomando um vareio da Itália na final.
E… Querem saber? Eu não confio na honestidade daquele ouro olímpico dos EUA em 2008. Admito que nosso time estava irregular, tanto que vários daqueles jogadores saíram. E os gringos estavam jogando melhor. Mas para mim tinha gente com uma “forcinha extra” do outro lado, se é que vocês me entendem. Nunca isso poderá ser provado, podem me achar leviano, mas quem viu aquela final lembra que o veterano Ball (36) parecia o Rambo e o Stanley dava um monte de saques “viagem” em série que pareciam mísseis! Depois da Olimpíada, cadê o time estadunidense? Nem pódio! O Ball saiu da seleção, já se preparando para a aposentadoria e o Stanley continua um grande sacador, só que agora joga como um atleta normal e não acerta cinco bombas seguidas daquela, porque cada saque daqueles demanda muita energia e por isso o cara ou alivia ou acaba errando.
Nossa equipe conquistou esse Mundial com todos os méritos e ninguém tira isso deles. Agora é torcer para que as meninas, depois dessa virada espetacular contra o Japão, consigam vencer a Rússia e conquistar mais um título inédito para o Brasil.

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