quarta-feira, 10 de abril de 2013

QUEREM DESBRASILIANIZAR O BRASIL!

Divido com meus 23 leitores a conclusão a que cheguei tendo em vista eventos recentes envolvendo o nosso país e o mundo.

Querem desbrasilianizar o Brasil! 

Muita gente acha que ela deveria ter permanecido assim.

Observemos: o mundo precisa muito do Brasil. Não, nada daquela história de nossas riquezas, nossas matas, etc. Falo da Civilização Brasileira, esse moedor que engole e digere pessoas, culturas, línguas, religiões e tudo o mais e regurgita uma geleia geral onde tudo parece louca e maravilhosamente transgredido. Mazelas? Of course, my horse, nós as temos de montão, pois nem todas as porcarias humanas saem pelo annus brasiliensis. E mesmo assim somos vistos em todo o mundo como esse povo fraterno, pacífico, agregador, não à toa o mediador favorito em diversos contenciosos internacionais. Qual a solução para a Palestina, Coreia, Tibete, Chipre, Sri Lanka, Timor, etc.? Brasil, é claro! Brasileirizar é a solução, ao menos para a Paz Mundial (claro, para resolver a corrupção precisaríamos, bem, importar modelos), mas o que é mais importante, muchacho?

Sigamos com minha filosofia de botequim: é claro que os "senhores da guerra" querem tudo menos uma "solução brasileira" para a Humanidade. Aí, tal como fizeram no período pré-64, financiam seus agentes cá infiltrados para minar os pilares ainda imaturos dessa nossa protocivilização. Nas comunidades pobres o controle se fez pela repressão, seja do tráfico, da milícia ou do Estado, deixando como "alternativas" de socialização o baile funk ou a igreja evangélica, ambos reprodutores de modelos importados dos EUA.

Na política, como se já não bastasse a nossa história de corrupção, coronelismo e outros "ismos", agora nos vemos de mãos atadas votando no que achamos o menos ruim e cada vez mais percebendo menos a diferença. Cada vez mais parecidos com o bipartidarismo hegemônico nos EUA e Europa - para piorar com um PMDB que, seja qual for o resultado, é sempre quem pauta o governo.

Nas empresas viceja a filosofia que denominei "sushi de hambúrguer": o modismo do "Modelo Toyota", só que com rodízio de pessoal à americana e uma pitada de ranço escravagista. Os caras confundem cultura organizacional com cultura local, tentando mudar o que não é para ser mudado, sem entender que a própria Toyota deu com os burros n'água na Fórmula 1, porque quem entende daquilo é inglês.

Na Educação, além do aparelhamento dos departamentos, transformados em verdadeiros feudos, entra o racialismo fantasiado de ação afirmativa para restaurar uma dívida social. É claro que temos racismo no Brasil, é só ver como age a Polícia. Mas é justamente esta instituição que joga por terra o principal argumento dos defensores de cotas raciais: se inclusão resolvesse, a PM não seria a mais racista das instituições brasileiras. Cotas sociais sim! Cotas raciais é mais uma ideia importada dos EUA, onde eles adoram classificar as pessoas pela etnia, como bem sabem os negros, latinos, judeus, etc.

Finalmente, toco num item já pincelado acima: querem implantar no Brasil o ódio religioso. Mercadores da Fé enriquecem despudoradamente, controlando meios de comunicação e ocupando os parlamentos na sanha de implantar um Estado fundamentalista. Como nunca serão maioria, semeiam o máximo de discórdia, atacando outras expressões de fé, tentando implantar suas ideias no máximo de instituições. Mais uma ideia alienígena que havemos de digerir.

Até há pouco fomos capazes de fagocitar todas as influências externas, alimentando e enriquecendo nossa geleia geral - e descartando muita porcaria. Talvez nunca tenhamos enfrentado tanta coisa ao mesmo tempo. Globalization, brother! Mas que isso aí é orquestrado, ah, isso é.