terça-feira, 13 de março de 2012

OPINIÃO DO BLOG: AGORA É TRATAR AS METÁSTASES


Tino Marcos é um bom repórter. Mas é empregado da Globo e, como todo trabalhador, depende do seu salário. Com a matéria apresentada no Jornal Nacional sobre a mais que tardia saída de Ricardo Teixeira da CBF provavelmente viveu o pior momento de sua bela carreira. Uma campanha publicitária não ficaria melhor. Verdadeira homenagem, repleta de citações sobre os muitos títulos conquistados nos seus 23 anos de mandato, como se fosse alguma proeza a Seleção Brasileira ganhar duas Copas do Mundo em seis disputadas e voltar a vencer a Copa América depois que passou a disputá-la com o time principal.

O legado de Ricardo Teixeira.
Continuamos sem nenhum título olímpico, nossos clubes permanecem falidos (apesar dos supersalários) e a pilantragem rola solta, com pelo menos um Campeonato Brasileiro - o de 2005 - vencido na base da roubalheira. Nossos estádios são um horror. O futebol feminino passa fome. A arbitragem brasileira é das piores do mundo. Taticamente estamos beirando a indigência.

Se não for para a cadeia, que RT vá pelo menos para o lixo da história, encerrando definitivamente a maldita dinastia havelange no futebol brasileiro - assim, com minúsculas mesmo.

Romário disse que se extirpou um câncer. Pois bem, agora é tratar as metástases.




sábado, 10 de março de 2012

O PRECONCEITO É TRAIÇOEIRO

Este vídeo da União Europeia (já retirado do ar) deve ser assistido porque enseja reflexões interessantes sobre diversas manifestações de preconceito, dentre elas o racismo. Uma interpretação que sugiro, que muitos acharão ingênua, é de que o preconceito nos prega peças.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19729

Houve há tempos uma série de comerciais da Fiat que abordou esse tema com muita inteligência. O bordão era: "Está na hora de você rever os seus conceitos." Num deles, para mim o melhor, uma mulher branca vê a amiga no banco traseiro de um carro dirigido por um negro e "elogia" a sua "prosperidade" por estar "até com motorista", e aí leva a real: "Não, amiga, eu só casei.". Então a câmera fecha no colo dela mostrando um bebê de pele escura.

A União Europeia pediu desculpas alegando que o propósito do vídeo era fraterno, de que a UE seria mais forte absorvendo novas culturas. Mas o preconceito é tão arraigado que "atravessou" a produção e ficou escancarado. Haveria muitas outras maneiras de expressar essa ideia, não é verdade?