quarta-feira, 9 de julho de 2014

RECONSTRUIR - I

Um desastre que foi um "ponto de mutação" na indústria química.
A imagem acima retrata como ficou uma unidade de indústria química em 1974, no Reino Unido. Informações sobre esse terrível acidente podem ser encontradas aqui, no excelente blog do Cesar Cunha.
E por que cito esse evento um dia depois do "desastre" do Mineirão? Exatamente por isso, ora bolas! A tragédia de Flixborough produziu inúmeras lições aprendidas por toda a indústria química mundial a respeito de mudanças e intervenções mal conduzidas. Foi um verdadeiro "ponto de mutação" de uma tradição baseada no improviso e no saber individualizado para outra de projetos bem documentados e registrados.

Os dois melhores desse time.
Sobre esse acachapante 7x1, um resultado que superou as piores expectativas - o ótimo Roberto Sander cravara "apenas" 4x0 - podemos dizer que começou a ser configurado naquela nossa memorável vitória sobre a então "poderosa" (hoje a sabemos decadente) Espanha, os 3x0 da final da Copa das Confederações. Neymar fez um, Fred dois, David Luiz salvou um gol, Júlio César outro, eles perderam um pênalti... Agora ficou claro que o Felipão foi beneficiado - e depois iludido, como muitos de nós - pelo efeito motivador que um novo treinador usualmente provoca. Mano Menezes, com aquele seu carisma de chuchu de hospital, parecia perceber melhor as limitações da geração de que dispunha. O grande erro que o antecessor de Felipão cometera, provavelmente por pressão da CBF, foi indicado neste blog, como pode ser lido aqui. Sem eliminatórias, o foco deveria ter sido a Olimpíada de Londres (2012) e, a partir dali, com a base formada, partir para 2014.
Como a história só se repete como farsa, acreditou-se na possibilidade de refazer a magia de 2001-2002 doze anos depois. Mas se, naquela época, Felipão despontava coroado de títulos, num período mais recente seu retrospecto era no mínimo preocupante. Levou o Palmeiras ao título da Copa do Brasil de 2012 E ao rebaixamento no Brasileirão do mesmo ano, ainda que tenha sido substituído antes do final deste. Parreira, nos seus últimos trabalhos como treinador, acumulou fracassos.
Mas não podemos massacrar esses caras. Fizeram um trabalho ruim, é verdade, pois não foi só o "apagão" de seis minutos. Esta Seleção não jogou bem nenhuma partida completa. Suas principais jogadas eram os lançamentos de David Luiz, as arrancadas de Neymar e os escanteios. Não tínhamos armação de jogadas pelo meio nem jogadas de linha de fundo. Outros fariam melhor? No Brasil o cenário é sombrio. Nossos treinadores, em geral, são caras defasados e arrogantes. A Argentina tem meia dúzia de técnicos que "jantam" quaisquer dos nossos "professores".
Que a Reconstrução comece já no próximo sábado, quando o Brasil encerra sua participação nesta Copa. No próximo texto escreverei sobre o que acho que deve ser feito depois desse jogo.

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